28 de abr. de 2008

Back from the Cave


















Por Max Merege (OCT)
Sábado último, 26 de abril, rolou no Caverna's Bar (a.k.a Cachorrão) um belo evento, resultado de uma parceria d'o Instituto Mandala, Caverna's Bar e Cuiabá Underground, com o apoio da OCT.

Tudo começou com o blues elétrico do VITROLAS POLIFÔNICAS, a banda do Buiú e seus jovens asceclas, com destaque para a Srta. Maísa, a menina que tocava guitarra e cantava, e que aliás, tem cacife de sobra para pôr todas as Lazy Moon no bolso!

Em seguida, foi a vez dos SKARROS, a prova viva de que existe hardcore em Cuiabá, mesmo sendo tocado por uma única banda! O som lembrava em muito pauleiras finlandesas do tipo Tervet Kadet, Rattus, Massacre e outras tantas mais... No repertório, intercalaram hits próprios como "Siriri virou Punk" e "M.U.H." com clássicos da envergadura de "Crucificados Pelo Sistema" (R.D.P.), "Isto É Olho Seco!" (Olho Seco) e "Commando" (Ramones). Enfim, fizeram um baita show! O único porém foi terem posto requintes de black metal na "Commando". Mas e daí?! O que vale é a diversão mesmo e SKARROS é uma puta banda!

A terceira banda foi a Big Trip, uma turma de bons músicos que manteve um show linear, recheado de composições próprias e pautado no resgate de muitas pérolas do rock 90's Seattle. Muito boa banda! Um pessoal bem cuidadoso, com destaque para o batera, que mesmo capenga de um pé, superou-se e mandou ver no som!

Fechado este primeiro ciclo, entra em cena o BRANCO OU TINTO...

Começaram com "Presente de Grego", uma de suas novas composições, e que em si carrega muito da influência de gente como Greg Sage e Mike Watt. Emendaram sucessos como "Todos Culpados", "Analogia", "Velas Tem Cheiro de Cemitério" e "Coração de Plástico". Como o público já sabia cantar a maior parte das músicas, não foi problema a banda jogar uma ou outra coisinha alheia, como um Nirvana aqui ou um Hendrix ali. Bem, foi como um tapa com luva de pelica na cara de todos aqueles alienados que praguejam contra o "cover honesto" mas fomentam o "plágio descarado".

É sempre bom lembrar que, de todas as vezes em que o B.O.T. tocou em Cuiabá, esta foi certamente a melhor, que de tanta energia no palco, as cordas das guitarras estouraram duas vezes.

Para fechar a noite com chave-de-ouro (perdão pelo chavão!), a melhor banda de rock instrumental do Mato Grosso: Tocandira!

Tudo bem que pessoalmente eu torço o nariz para essa parada que o povo daqui chama de fusion, mas convenhamos que o Tocandira é uma baita banda! Danilo, Frogg e Wellington mandaram ver em uma torrente de petardos musicais que aliavam perfeitamente técnica e feeling forjados ao longo de muitos e muitos anos de estudo a amadurecimento musical. Extravagâncias à parte, Tocandira reúne o melhor time, sim senhor!

Bem, como não podia deixar citar, rolou também uma apresentação relâmpago do Mandala Soul, já que a técnica do áudio estava a cargo de Anselmo Parabá.

Enfim, foi um grande evento! O bar do Dog ainda é o melhor lugar para se pegar um bom show de rock, sem amarras políticas ou religiosas, e com um público excelente que vai mesmo pra curtir rock e tomar algumas.

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